Conceito
Nesta exposição, investigamos a relação simbiótica entre a criatividade humana e a inteligência das máquinas. Nosso conceito gira em torno de preencher a lacuna entre o orgânico e o artificial, explorando como a IA se torna um cocriador, ampliando os limites da expressão artística.
A arte sempre foi um reflexo da experiência humana e agora, com a IA, desbloqueamos novas dimensões de imaginação. Através da interação com tecnologias de diversos tempos, convidamos você a acompanhar a evolução da arte no tempo, junto com processo criativo o surgimento de novas ferramentas, como modelos generativos.
Nossa época é testemunha ocular de um tipo de evento histórico raro: o nascimento de uma nova Era, cujos impactos e transformações são, e serão cada vez mais, protagonizados pela “Inteligência Artificial”, conceito nascido na primeira metade do século XX com propósito específico, mas que nos últimos anos teve seu escopo bastante ampliado, com novas cores, formas e nuances.
Nosso contato com o termo “Inteligência Artificial” é cada vez mais frequente. Em todas as áreas, setores, disciplinas, mercados, indústrias, do microuniverso da vida de uma pessoa ao futuro das sociedades humanas, da biosfera, do clima, da geopolítica global. Já é senso comum que este novo momento histórico tem nome, a Era da IA.
Tomamos isso como certo. Aceitamos estas afirmações como obviedades triviais. Mas pouco sabemos sobre a natureza, características, potencias, limites e riscos deste protagonista ao qual confiamos o destino da nossa espécie.
Em um mundo inundado por dados e informações fragmentadas e despidas de contexto, em que fatos e opiniões se confundem em meio a disputas narrativas, enquanto digital e real se confundem, algumas das principais decisões que impactarão os próximos anos e décadas estão à nossa frente.
Enquanto diferentes disciplinas se debruçam sobre estas questões, na esperança de que novas teorias e perspectivas nos ajudem a entender a complexidade do agora, não há outra aliada melhor para nos ajudar a navegar por estas águas ainda desconhecidas.
Por que uma exposição:
ARTE como elemento que conecta e nos revela diferentes nuances e camadas
que não costumam ser visíveis às tradicionais fontes de informação sobre IA;
ARTE como exercício do pensamento crítico;
ARTE como ampliação do nosso campo de visão e compreensão;
ARTE como força geradora de novas perspectivas;
ARTE como atividade humana fundamental produtora de sentido e propósito;
ARTE como antídoto contra a intoxicação informacional;
ARTE como facilitadora de aprendizagem;
ARTE como ingrediente indispensável à democratização do acesso ao conhecimento.
Metonímia
Constantemente utilizamos uma famosa figura de linguagem para simplificar a fala. Na arte não é diferente. Eu aprecio Mondrian, ao invés de eu aprecio a obra de Mondrian. E é dentro do conceito de encontrar como a tecnologia pode tocar a alma humana que decidimos seguir com um nome que represente a parte e o todo.
A provocação central é olhar para o conceito de “Inteligência Artificial” como uma metonímia para revelar todas as partes que a constituem, suas naturezas, potenciais, limitações e riscos.
Tecemos uma narrativa que desafia noções preconcebidas, confundindo os limites entre criador e criação. À medida que exploramos as histórias contadas pelos elementos artísticos e intervenções, convidamos você a contemplar a relação em evolução entre a humanidade e a tecnologia.